sábado, 28 de julho de 2012

Elementum Beatitudinis

Existem diversos caminhos que levam à felicidade, existem vários caminhos, porém muitas das vezes optamos pelo mais difícil. Destinamos uma vida inteira tentando encontrar o elemento chave para a felicidade pessoal, mas ironicamente, esse elemento pode nem existir. Ou talvez exista, mas talvez exista em inúmeras formas; É um grande erro buscar a felicidade em outra pessoa, cada personalidade possui uma lacuna com formato único, que só pode ser preenchida com um elemento especial. Não devemos buscar a felicidade do lado de fora, ela está em nós, ela faz moradia dentro de cada um, esse é o elemento. Estamos tão acostumados a buscar referências externas que nos esquecemos que também temos um interior, e esquecemos que ele pode ser mais interessante do que imaginamos. Acredito que o elemento da felicidade é o auto conhecimento, só quem se conhece bem pode dizer a si próprio o que precisa para ser feliz. E isso não deve ser fácil, talvez seja esse o motivo de poucas pessoas se rotularem como felizes. Durante muito tempo acreditei que a felicidade residia em um sonho, em algo que não estava dentro de mim; Eu acreditava que para ser feliz, era necessário buscar no mundo o meu próprio elemento, e isso é uma meia verdade; Tenho sim que buscar o meu elemento no mundo, mas tenho que buscá-lo no meu mundo, no mundo onde apenas eu conheço o sentido da vida, onde apenas eu sei o que é importante para mim. Confesso que tenho dúvidas quanto ao meu futuro, não são poucos os aspectos que me preocupam, mas eu sei que o primeiro passo para o sorriso estático já foi dado. Dei novas ordens às minhas tropas de busca, elas estão indo em direção ao mais profundo da minha alma.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

E agora?


 Não tenho publicado aqui simplesmente porque não tenho escrito. Voltei a me sentir vazio, sem muita força pra agir.
 Tenho me sentido cansado e preocupado, a incerteza do amanhã tem esmagado os meus pés, talvez seja por isso que eu não tenho avançado muito. Pra onde? Avançar pra onde? Existe um lugar para ir? 
 Há anos eu tenho voltado regularmente ao mesmo ponto de esterilidade, eu começo, canso e desisto, nunca termino. O mais pertubador é que isso não tem me incomodado, eu me acostumei com esse ciclo e tem me parecido normal ser assim;
 Tem sido fácil descartar e ignorar tudo que é externo, e como não tenho aberto portais em mim, pouca coisa tem conseguido penetrar fundo na minha vida a ponto de se tornar necessário. 
Sabe, a única coisa que ainda tira o meu sono é o medo de me tornar morno, de ser mais um, só mais um. Eu tenho medo de entrar em algum padrão, de me conformar com o normal e o confortável. 
Não sei bem qual é a direção que eu estou seguindo agora, pouca coisa tem feito sentido nesses últimos dias. Eu me encontro divido entre dois amores, e não estou falando de pessoas.  Pessoas, elas nunca haviam sido tão irrelevantes como agora, posso contar nos dedos quantas pessoas ainda representam alguma coisa na minha vida, certas horas parecem ser de uma espécie diferente da minha, não bate.
 Eu ainda não identifiquei a causa disso, simplesmente desaprendi a suportar certos tipos de comportamento; Acho que a urgência da vida me ensinou que não há tempo a perder com desagradamentos, sabe? 
 Essa é outra coisa que tem me posto com os cabelos em pé: o tempo; Eu sei que não há um tempo estabelecido sendo cronometrado por um fiscal da vida, mas eu também sei que não tenho muito tempo, sei disso porque é óbvio, ninguém tem muito tempo. Nós somos menos que um piscar de olhos na história da vida, é impossível mensurar a nossa insignificância perante ao cosmos, e isso me aterroriza. 
 Cresci ouvindo que éramos especiais e eternos, e então de uma hora pra outra o conto de fadas acaba: descubro que sou quase nada no que diz respeito à vida, descobri que eu sou temporal e mortal. Isso me levou a duas sentenças: eu tenho pouco tempo para realizar as minhas vontades, e ao mesmo tempo, de que valem as minha vontades se eu sou quase nada?
Isso deu um tremendo nó no meu cérebro, confesso que até hoje estou sofrendo pra tentar "escolher" uma alternativa que me leve a algo mais do que a normalidade, eu quero ir além do que as pessoas tem escolhido, porque eu sei que isso não é o suficiente pra mim.
 São muitos os motivos para eu estar me sentindo assim confuso, talvez seja culpa dos hormônios da idade, ou talvez eu seja mesmo confuso. Vai saber...
A única coisa de que eu tenho certeza é que eu preciso me nortear antes que a maré da mesmice global me carregue para o mar dos mortos vivos, o lugar onde a maioria das pessoas que eu conheço vivem. Se afogam em intermináveis problemas esperando uma solução divina para a vida acabar.

domingo, 1 de julho de 2012

Monsterização

 Durante toda a vida aprendemos que monstros são seres maus e sedentos por sangue, mas não é bem assim.
Monstros são seres incompreendidos e marginalizados, monstros não são maus. A verdade é que, ao ser maltratado pela sociedade, um ser precisa achar uma forma de se proteger, isso é a "monsterização". Ninguém procura saber o motivo dos rugidos, dentes expostos e unhas afiadas, as pessoas simplesmente julgam.
 Você é capaz de analizar a aparência, e fica por aí. Não é possível ler uma história se você tem medo da capa do livro. Precisamos de pessoas mais bondosas e não de juízes.
 Ao contrário do que dizem, nenhum monstro se alimenta de maldade, a única fome existente é a de liberdade.
 Monstros são perfeitos recicladores, feitos para se alimentar de dor e medo, e transforma-los em liberdade e pureza. As pessoas, mais uma vez, falam do que não conhecem. O preconceito limita a sabedoria.
 Nós, monstros, não podemos ser presos... porque somos feitos de liberdade.


*Originalmente escrito em 01/06/2012

Amplificador de Ideais

Hoje eu parei para pensar, o que me difere do mundo?
Eu sei que em algum lugar aqui dentro, há uma enorme vontade de gritar; Gritar as minhas idéias e os meus ideais, uma mente tão abstrata e verdadeira não pode ser simplesmente deixada para trás. Eu preciso falar, dizer às pessoas que elas podem ser e fazer o que quiserem, que não há limites ou barreiras para a paixão.
 Pelo que eu estou disposto a lutar? Até onde eu pretendo ir para transmitir a minha mensagem? Não tenho dúvidas de que a essência da minha vida é singular e especial, e eu preciso contar isso às pessoas. Monstros não sabem controlar os seus instintos, e eu não sei controlar os meus, não sei controlar a minha vontade de ser, eu preciso me alimentar do meu medo para gerar coragem e ação. Eu preciso gritar.


*Originalmente escrito em 31/05/2012