quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Be Brave!

 A tatuagem começou com os bravos. Não é para os fracos de mente, corpo ou espírito. Era um rito de passagem, uma reivindicação de identidade. Nos dias de hoje a cultura popular tem feito tudo o que pode para nos tirar de nossas próprias identidades.

 A sociedade hoje faz hora extra para nos derrubar. Começa com a política e o circo que antes chamávamos de "notícias" manipulando tudo para que a publicidade faça você ter medo de quem você é, apenas para que eles possam lucrar com o seu conformismo.

 Dez mil propagandas por dia é o bastante para confundir qualquer um. Suspensões, golpes, falência, desemprego, pobreza e analfabetismo em nosso próprio país.

 Todo mundo é solitário. A vida de todo mundo é uma jornada épica cheia de batalhas difíceis. Hoje todos estão lutando muito para ser o que quiserem ser em tempos de grandes conflitos.

 Todo mundo é um artista. Até mesmo o homem de negócios, que coloca uma gravata todas as manhãs. Ás vezes o único espaço que temos sobre controle são nossa pele e ossos. Nunca antes, na história do mundo, existiram tantas pessoas se sentindo como se tivessem sido deixadas para trás.

 Então eu te peço para que dê às suas tatuagens o melhor. Pois, em tempos como estes, marcar nossas peles talvez seja uma das coisas mais corajosas que possamos fazer.

Lute pela boa luta. É a SUA vida. É a SUA pele.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sonhos Impossíveis

Sonhos impossíveis... talvez não exista nada mais controverso do que isso. Eu vejo muita gente reclamando sobre sonhos impossíveis e procurando maneiras de mudar essa realidade. Isso simplesmente não faz sentido.
Sonhos são uma fuga da realidade, e quando são possíveis, eles se tornam parte da realidade, o que acaba com toda a graça. A realidade é chata, a vida real é entediante.
 A vida deve ser vivida no lúdico, no que só existe dentro da gente. O mundo sempre é mais interessante quando ele não pode existir, ser real.
 Então procuro não me deixar contaminar com esse pensamento massivo e viciante de realismo. Eu quero mais é que os meus sonhos continuem dentro de mim, impossíveis, só meus. Temos vergonha de compartilhar sonhos assim tão absurdos, por isso eles se tornam parte íntima da nossa essência.
 Eu não quero que ninguém saiba, por isso faço questão de esquecer do que sonhei no momento em que acordo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Meu Corpo. Meu Santuário.

 Recentemente tenho ouvido muitos "você irá se arrepender", "isso é feio", "você é louco", "não vai conseguir um emprego" quando exponho meus gostos e planos no que diz respeito à minha aparência. Ouvi até um "eu também já pensei assim" de um amigo, como se os meus gostos e conceitos fossem totalmente temporais e passageiros; Não sei porque, mas senti um certo gosto de alfinetada quando ingeri essas 'opiniões'. 
 Mas tudo isso me fez pensar: será que eu sou louco, ou o resto do mundo é que leva a sua covardia como se fosse algo benéfico? 
 Sabe, é fácil de observar que as pessoas quando fracassam ou hesitam em seus anseios, procuram fazer, mesmo que de forma sutil, com que todo o resto obtenha o mesmo resultado. 
 Sim, eu estou dizendo que o mundo é covarde. Sim eu estou dizendo que VOCÊ que me aconselhou a 'ser prudente' é um puta COVARDE! 
 Todo mundo tem alguma peculiaridade, algo que nos difere de todo o resto; Mas por que isso não é visível? A resposta está exatamente nas palavras dessas pessoas que tentam me enfiar essa 'prudência' goela a baixo. MEDO! A grande maioria tem medo de expôr o que e quem são de verdade, a nossa espécie entrou em um modo robótico tão intenso e viciante que tudo aquilo que foge do padrão é identificado como prejudicial ao sistema, e logo é rejeitado.
 Mas não, eu não preciso ser covarde, eu não preciso ser mais um na multidão. É, eu sei que isso soa como um discurso de jovem rebelde. Não tenho dúvidas que algumas pessoas irão ler isso com um sorrisinho no canto da boca, aquele ar de superioridade, sabe? Mas sinceramente, eu não estou me preocupando com isso.
 A grande verdade é que quase 100% dessas pessoas que me olham(e as que ainda o farão) torto na rua querem mais é que eu me foda, então por que eu não faria o mesmo? Até aquelas que realmente se importam comigo, na verdade e bem lá no fundo, só não querem ser contrariadas.
 Não existem motivos plausíveis para que eu não faça o que eu quero com o meu corpo, não existem razões para que eu deixe de expôr o que existe dentro de mim, então por favor, se alguém ainda quiser continuar com esses sermões, faça isso com alguém que irá ouvir.