Tenho procurado em pessoas uma profundidade que me caiba, mas quase nunca acho. Preciso de alguém que me deixe entrar, e que me comporte de uma forma que não me esmague os dedos nem os cotovelos. A única coisa recorrente nesse cenário é o vislumbre de boas pessoas, porém rasas.
Rasas demais pra abrigar as minhas ideias; Rasas demais para abrigar as minhas inseguranças; Rasas demais para satisfazer a minha necessidade por espaço; Rasas demais para compreender o meu espírito cigano. Rasas demais para armazenar tudo o que é necessário para me fazer ficar.
É desesperador, admito, pensar em viver em um mundo feito de poças; Um lugar onde não podemos mergulhar em nada quando a realidade chega intensa demais e nos queima a pele. A lógica dos fatos não é otimista, ela nos introduz, uma ideia por vez, a um mundo plástico e árido. Por isso precisamos nos atentar para o que queremos ser, para que sejamos abundantes em nós.
Não são filtros no instagram, ou qualquer outra coisa externa que te faz ímpar. O visual é apenas o filete que forma o espelho d'água no mar da vida. Há um universo acima disso, porque nós mergulhamos para cima. Mergulhamos para todas as possibilidades que há e que um dia hão de ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Algo de construtivo, por favor...