sábado, 21 de dezembro de 2013

Refúgio

 Um universo paralelo ao real, ao passível de erros. Um mundo que se ajusta a mim, nele crio e extermino ideias e ideais conforme a minha vontade ou necessidade; Nele sempre existem justificativas plausíveis pras minhas escolhas desastrosas, nele tudo é sépia, sempre há brotos prestes a florescer em qualquer lugar.

 Aqui não existem regras óbvias; Nem sequer a natureza respeita a normalidade, principalmente se tratando da minha natureza. Pode ser um paraíso de inúmeras formas. A alegria pode ser revigorante, e a dor pode ser nostálgica.

 Não há a necessidade de tentar, nem de ser. Não há necessidade externa. Essa realidade também se aplica à coisas que costumam nortear vidas mundo a fora. Minha bússola é de carne, meu norte é um espiral infinito. A chuva ameaça cair a qualquer momento, e assim, mantém a adrenalina no sangue, alimentando a expectativa de que em algum momento uma enxurrada brote das pedras que brotam das árvores. Não há dia, não há noite, tudo é um eterno entardecer. Eu controlo o Sol, e a Lua me controla. Esse é o meu mundo.

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